Se não foi exatamente assim, deve ter chegado perto a reação dos autores de pesquisa com os resultados surpreendentes que o jornal Valor Econômico antecipou nesta segunda 

Passo decisivo foi dado ontem, com a aprovação pela Câmara Federal de projeto que estende até dezembro de 2024 a ajuda emergencial para as empresas, agora até de médio porte 

Poucas garantias e fluxo de caixa irregular só perdem para falta de dados quando o assunto é a dificuldade de crédito ainda enfrentada por micro e pequenas empresas 

Mudanças podem sair ainda hoje, enquanto injeção de R$ 100 bi no fluxo de caixa de micro e pequenos negócios endividados ainda recebe retoques 

Pesquisa da FGV, em parceria com o Sebrae, mostra que apenas o setor de transformação já considera menores as exigências pré-concessão ou renovação de um empréstimo

19% dos que recorreram ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte estão inadimplentes, havendo mais atraso ainda no campo tributário 

Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tal contingente significa uma terça parte da gestão do setor no país, quadro destoante ao ainda registrado em grandes corporações 

Números da Serasa Experian superam os de um ano atrás em 1,4%, tendo agora setor de serviços como protagonista, a reboque de estagnação econômica e juros altos 

O mesmo se aplica ao Peac, tendo em vista incertezas sobre a evolução da economia quando os pequenos e micro negócios estiverem pagando seus novos empréstimos 

Em gestação no governo, novos programas de ajuda emergencial também devem trazer boas oportunidades para o crédito privado 

Além de confirmar a continuidade do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, ministro da Economia fala em R$ 100 bi como meta na próxima leva de empréstimos 

Quem calcula é o Serviço de Apoio à Pequena e Micro Empresa, com base em quase 4 milhões de registros do gênero efetivados no ano passado 

À medida que vendas à vista escasseiam, cresce o caráter estratégico de se mitigarem riscos inerentes ao ato de vender hoje e receber amanhã 

Sebrae identifica nos menores negócios 71% das vagas com carteira assinada disponíveis no país durante um período de 12 meses, até julho de 2021 

No lugar do projeto do Senado que a Presidência da República vetou, o 1,8 milhão de CNPJs devedores ao Simples Nacional ganham novas possibilidades para quitar estes impostos 

Após projeto parlamentar e Medida Provisória inviabilizados por questões técnicas, espera-se uma terceira possibilidade para empresas menores ficarem em dia com o Fisco 

É o que demonstram números preliminares do Sebrae sobre o desempenho do setor em 2021, coletados até a primeira quinzena de dezembro 

Número corresponde a quase 80% do total de vagas abertas no país naquele mês e mostra que MPEs continuam liderando estatística, mesmo com a mudança nos critérios do CAGED 

Governo pode editar MP para lançar a novidade o quanto antes, mudando com isso a destinação clássica dos recursos captados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 

Um dos recursos mais caros do mercado é usado intensamente pelas MPE, cujas dificuldades já incluem até pagar o PRONAMPE, face à alta também galopante da Selic