CVM à beira do vermelho
A Comissão de Valores Mobiliários teme o pior, frente ao menor orçamento que teve pela frente nos últimos 13 anos, e que pode ser sancionado hoje no conjunto do orçamento 2022
A Comissão de Valores Mobiliários teme o pior, frente ao menor orçamento que teve pela frente nos últimos 13 anos, e que pode ser sancionado hoje no conjunto do orçamento 2022
Mesmo não sendo 13, esta sexta-feira tem bons motivos para aterrorizar salas e corredores do órgão regulador do mercado de capitais brasileiro. É que se encerra hoje o prazo para que o presidente Bolsonaro sancione - ou não - o orçamento recém-aprovado pelo Congresso, no qual se prevê corte acima da metade nas despesas do CVM.
A foice afiada que se abate agora sobre a autarquia já passou por Receita Federal, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a administração direta da pasta comandada por Paulo Guedes, poupando apenas o IBGE, face à reconhecida inviabilidade de se protelar o Censo mais uma vez.
Caso sancionado, o projeto vai impedir que entrem perto de R$ 14 milhões nos cofres do CVM este ano, deixando não mais de R$ 12 milhões para que ele cumpra suas funções, num ambiente econômico sobejamente complicado em praticamente todas as frentes.
A quantia, que muitos tem chamado de surreal para dizer o mínimo, será a menor para as chamadas despesas obrigatórias nos últimos 13 anos, segundo informa o Siga Brasil, sistema mantido pelo próprio Senado.
Dentre as principais fontes de preocupação, frente à possibilidade de sanção presidencial para o projeto nesta sexta, estão as áreas de supervisão (-R$ 5,1 mi) e administração das unidades físicas (-R$ 8 mi).
Fonte: Valor Econômico