Com alta da Selic, acesso ao crédito ficará mais caro
Com tendência de alta da Selic até o final do ano, empresas precisarão assimilar um crédito mais caro.
Com tendência de alta da Selic até o final do ano, empresas precisarão assimilar um crédito mais caro.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (17/3), o aumento de 0,75 p.p. na taxa básica de juros Selic, que passou de 2% para 2,75% ao ano, quebrando uma sequência de seis anos de quedas consecutivas, desde julho de 2015.
Para os economistas, esse movimento do BC visa a, principalmente, conter a alta acelerada dos preços de alimentos e, com isso, diminuir a pressão inflacionária, cujas estimativas já rondam o teto da meta para o ano. Outro ponto destacado é uma possível reação ao enfraquecimento do real frente ao dólar.
Mas, mesmo antes da divulgação da alta da Selic, o mercado já vinha antecipando reajustes nas taxas de financiamento nos últimos três meses, já próximas a 2% ao mês para operações acima de um ano, afirmam os economistas. Eles, ainda, chamam atenção para os impactos que o cenário de alta taxa de desemprego, aumento de juros e diminuição do consumo terá no acesso ao crédito, complicando a situação dos endividados.
Para as empresas, a situação é ainda mais difícil, pois elas terão de assimilar um crédito mais caro, com tendência de alta da Selic até o final do ano, em um momento complicado de suspensão das atividades.