O que será das Fintechs em 2022?
Quais as tendências do setor de tecnologia que recebeu os maiores aportes em 2021
Quais as tendências do setor de tecnologia que recebeu os maiores aportes em 2021
Certamente 2021 foi o ano com a maior movimentação financeira, em termos de aportes de capital de risco no setor, algo próximo de R$ 719 bilhões (cotação do dólar atual, referente aos mais de US$ 130 bi), o que corresponde a mais de 20% de todo o capital de risco investido nessa frente. E quando se fala em IPO, o número de fintechs abrindo capital nas bolsas mundiais foi três vezes maior que no ano anterior (2020).
Esse tipo de movimento demonstra o apetite que existe para a evolução do setor, e quando se pensava que ele havia batido seu pico, como era de se esperar em relação a 2020, mais uma vez se percebe quanto ainda há de espaço para evoluir, ainda mais em mercados emergentes, que é o nosso caso. A oferta de produtos e a dinâmica do setor estão cada vez mais avançadas, e o panorama futuro é instigante.
Mas ok, o que então vem pela frente?
O Banco Central (BC) interpreta que há fintechs atualmente tão grandes quanto os bancos tradicionais e devido a isso, espera-se uma regulação das startups financeiras, demandando aporte para aquelas que estiverem equiparadas às instituições clássicas. E isso não deve demorar para ocorrer, a sinalização já foi dada de que será breve. E isso demonstra a possibilidade de uma influência negativa em relação à competitividade das fintechs.
De qualquer forma, a direção delas continuará forte na expansão da inclusão financeira e oportunidade de, cada vez mais, impactar positivamente a vida dos consumidores, sejam eles empresas ou pessoas físicas.
A linha de especialização de produtos e nichos fica cada vez mais evidente para os entrantes, e as fintechs já estabelecidas, uma vez que se fortalecem em um produto de "carro-chefe", passam a se aproveitar do ecossistema criado e clientes em sua base para oferecer uma gama maior de produtos e serviços. A livre escolha por parte dos clientes, agora donos de seus dados, ajudará a trafegar seus dados, entre uma ou mais fintechs, o open banking, ou até o open finance em termos mais gerais, ajudará ainda mais na experiência e personalização de cada experiência, facilitando assim uma oferta mais assertiva em um mix de ofertas.
O setor vai viver um momento de fortalecimento da cooperação entre fintechs e instituições tradicionais, já que é esperado por elas uma maneira de acelerar o processo de expandir suas soluções e modernizar as tecnologias utilizadas, sendo portanto as fintechs chaves para a sua transformação digital. Isto vai criar modelos de negócios inovadores e flexíveis, em escala para todos os envolvidos. Sem contar a evolução de fusões e aquisições entre as partes, seja para acelerar a presença em novas frentes e áreas, ou então quebrar novas barreiras de crescimento, uma vez que se chega a um determinado platô e há uma dificuldade de quebrar essa barreira.
Avaliando esses pontos e mais outras previsões e percepções de atuantes no mercado, fica claro que ainda há um espaço muito grande para o setor, mas também uma série de desafios pela frente. Novos nichos, categorias e produtos devem surgir, assim como consolidações no setor, igualmente inevitáveis. Continuaremos vendo uma aceleração, em todo o mundo, das fintechs, com a certeza de que ainda estamos somente no início desse movimento, cada vez mais forte, dinâmico e experiente.